História do Município

Chapadinha é um município brasileiro do estado do Maranhão. Localizada na região Leste do Maranhão e na Microrregião de Chapadinha, a cidade tem uma população estimada em 80.195 habitantes[4] e uma área territorial de 3.247,385 km².[3]

É sede da Região de Planejamento do Alto Munim (Lei Complementar 108/2007), bem como sede regional de diversos órgãos públicos e está inserida na mais "nova fronteira agrícola" do Maranhão e do MATOPIBA: o Baixo Parnaíba Maranhense.

 

PRIMEIROS HABITANTES

Índios Anapurus, da Tribo Tupi - segundo historiadores, os índios Anapurus, de vida nomadista, chegaram a ocupar terras Brasil a fora, principalmente, terras litorâneas, mas em razão das perseguições dos colonos europeus, se dividiram em pequenos grupos que procuraram migrar para várias regiões. Baseados nesses fatos, todos os historiadores acreditam que os habitantes primitivos da cidade de Chapadinha devem ser os índios Anapurus, da Tribo Tupi. Em face da topografia plana e da cor das mulheres primitivas que habitavam o local, o povoado recebeu a denominação de Chapada das mulatas.

Segundo antigos historiadores, chapadinha nasceu por volta do século XVIII, com fixação em 1783, e era aproximadamente a 5.000 metros do centro da cidade na direção Sul, mais precisamente no bairro da Aldeia. Naquele local se encontravam descendentes dos índios Anapurus da Tribo Tupi, os mesmos habitantes terras do baixo Parnaíba, localizada na estrada entre o Porto da Manga (atualmente cidade de Nina Rodrigues) e Vila de Brejo (atualmente cidade de Brejo) natural das boiadas, de onde demandava Caxias e Piauí, ou daí procediam rumo à capital do Estado. O povoado prosperou rapidamente, atraindo comerciantes e outras famílias.

Já se passaram cerca de 231 anos desde sua primeira povoação (foram 107 anos na condição de povoado, outros 48 anos como vila e agora 82 anos como cidade).

 

CATEGORIA DE VILA

Em 1870, o povoado já tinha uma subdelegacia de polícia e um distrito de paz, um batalhão de guarda nacional, um comissário vacinador, uma cadeira de primeiras letras para meninos, criadas pela Lei Provincial nº 268 de setembro de 1849. A povoação dispunha de uma capela coberta de telhas embora as casas em sua maioria fossem verdadeiras palhoças, a lavoura constava de arroz, milho, feijão, algodão e fumo. A população de toda a freguesia era avaliada em mil pessoas.

 

CATEGORIA DE CIDADE

Pelo Decreto Lei nº45 de 29 de março de 1938, assinado pelo senhor Boanerges Neto Ribeiro, Secretário Geral do Governo do Estado do Maranhão, presidida pelo interventor Paulo Martins de Sousa Ramos (que se encontrava no Rio de Janeiro na ocasião), Chapadinha foi elevada a categoria de cidade.

 

GEOGRAFIA

Segundo o IBGE a densidade demográfica da população de Chapadinha é de 22,56 habitantes por km² e possui uma área de 3.247,15 km².

A topografia é denominada pela chapada baixa com vegetação de campos e cerrados, abrangendo termos relevo plano. A vegetação do município é do tipo cerrado e tem uma composição florística diversificada. Dentre as espécies mais comuns encontra-se o babaçu, carnaúba e buriti. Há também o pequizeiro, a mangabeira, faveira, bacuri e o jaborandi, árvore que é extraída para fins medicinais, entre outras espécies nativas. São encontrados com muita facilidade minerais, areia, monazítica, pedra, argila e outros.

clima é tropical úmido, com chuvas concentradas no primeiro semestre do ano. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde outubro de 1976 a menor temperatura registrada em Chapadinha foi de 15,4 °C em 26 de março de 1993, e a maior atingiu 39,7 °C em 2 de dezembro de 2015. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 185 milímetros (mm) em 5 de março de 1996. Março de 2008, com 751 mm, foi o mês de maior precipitação.

 

HIDROGRAFIA

Três cursos d’água importante banham o município de Chapadinha.

 

Rio Munim

Rio Munim é considerado o principal rio do município de Chapadinha, ele nasce em Aldeias Altas e corta a cidade no sentido Norte e Sul, passando por diversas localidades, recebendo as águas do Rio Iguará e do Rio Preto, passando nos municípios de Ninas Rodrigues, Morros, Axixá, e já se misturando as águas salgadas no município de Icatu.

Muitos habitantes da cidade de Chapadinha vão ao rio nos finais de semana para se divertir, só que às vezes essa diversão não é muito saudável pois, como muitos moradores usam o rio como fonte de sobrevivência, tendo a pesca como o principal meio, os habitantes da cidade poluem o rio com sacos plásticos, garrafas pet, latas de cerveja e etc. Prejudicando assim os moradores da região.

 

Rio Preto

O Rio Preto nasce na localidade de saquinho no município de Buriti, servindo de divisa entre os municípios de AnapurusMata Roma e Chapadinha desaguando no Rio Munim.

 

Rio Iguará

O rio Iguará nasce em Aldeias Altas, servindo de divisa também entre os municípios de Chapadinha e Timbiras, desaguando no rio Munim, pouco depois de Vargem Grande.

 

Riacho Itamacaoca

O riacho Itamacaoca nasce nas localidades Fonte Velha e Paredão no Município de chapadinha, aproximadamente a 3 km do centro da cidade. A 1 km desta nascente foi construída uma barragem pela Caema, que recebeu o nome de barragem Itamacaoca de grande utilidade para a comunidade chapadinhense, no abastecimento de água potável e tratada para a população. O nome Itamacaoca se deu em razão dos primeiros habitantes terem sido os índios e que suas casa eram conhecidas como “OCAS” e quem cujo local existirem muitas pedras em formas de grutas, das quais surgem olhos d’água, iniciando assim um córrego que os índios denominaram de riacho.

Outras fontes naturais são Chororó, Bica, Aldeia, Quebra-cabeça, Japão, juçaral, Angelim.

ECONOMIA

Atualmente, tem como grande atividade agrícola a plantação de soja, com crescente ampliação dos plantios de eucaliptos para atender a fabrica de paletes da Suzano em instalação no município. Sua economia é predominantemente baseada no setor de comércio e serviços, sendo incipiente a indústria (basicamente concentrada na construção civil, olarias, e também metalurgia). No passado a exploração do extrativismo de babaçu levou muita renda a este município que era um dos maiores produtores do estado do Maranhão.

 

Agricultura

O sistema ainda é tradicional (roça queimada) onde se cultiva o feijão, milho, arroz, mandioca e outros, mas toda a produção é só para o consumo interno. Já existem pequenos projeto de roça mecanizada, mais ainda em fase experimental. Planta-se também cana-de-açúcar, é extraído a garapa,tijolos, cachaça, vinagre e mel.

 

Pecuária e Piscicultura

A pecuária de Chapadinha é de pouca expressividade, com sua produção voltada apenas para o consumo interno. Nos últimos anos através de um projeto social chamado Mesa Farta, de iniciativa particular tem incentivado a criação de peixes em pequenos tanques no fundo do quintal, o que de fato esta pequena produção induz além do objetivo central que é criar para comercializar.

 

Fruticultura

Encontramos com muita variação quintais de algumas residências, frutas como: caju, acerola, manga, jaca, banana, abacate, laranja, limão, açaí, jenipapo, cajá, buriti, ingá, bacuri (Reserva Extrativista Chapada Limpa), goiaba, murici, ata (fruta do conde, pinha), e outras frutas.

 

FESTAS E CULTURA

Uma manifestação tradicional cultural e religiosa da cidade está no Festejo de Nossa Senhora das Dores que acontece todo ano no mês de setembro, e também as festividades carnavalescas que já foram declaradas as melhores, maiores e mais animadas do estado, exercendo forte influência até em estados vizinhos atraindo diversos visitantes de muitos lugares brasileiros e até estrangeiros.

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Chapadinha